quinta-feira, 14 de abril de 2011

Ócio


Muito já se falou sobre o ócio e, nesse texto, não quero discorrer e teorizar mais sobre esse que pode ser um mal ou uma benção ao homem. Vou, sim, escrever uma espécie de relato, uma constatação, ou melhor, descrever minha relação com o ócio.

Passei, recentemente, da situação de não ter tempo algum para a situação de ter algum tempo. Posso, durante duas tardes e duas manhãs, sem contar os domingos, semanalmente me dedicar ao Dolce Far Niente. Na verdade não um dolce far niente, pois ainda não me acostumei novamente ao nada fazer, mas sim um tempo que posso deixar minha mente vagar de um canto ao outro, de uma estante à outra, de um vídeo ao outro, permanecer em todo e nenhum lugar ao mesmo tempo.

Esse meu tempo sem compromissos é de total atividade, entre leituras, reflexões e criação. Leitura em um sentido amplo, se extendendo a todos os sentidos, posso me permitir a explorar um livro assim como explorar um filme, rever e pesquisar, procurar o conhecimento. Reflexão pois essa é necessária para que não caia no embuste do excesso de informação. E criação pois isso é uma necessidade pessoal, algo que faz parte de mim e há muito estava deixado de lado.

Nesse sentido o ócio é, para mim, não só algo benéfico, mas essencial, assim como o ar que não posso deixar de respirar.

Um comentário:

André D Brizola disse...

Eu poderia acrescentar várias e várias linhas à sua argumentação. Mas vou apenas tomar o texto como sugestão...